Crianças em drogas para TDAH são mais baixas e mais magras, mostra nova análise
Por Daniel J. DeNoon
Revisado clinicamente por Louise Chang, MD em 01 de maio de 2006
DOS ARQUIVOS WEBMD
1º de maio de 2006 - Crianças que tomam drogas estimulantes para o TDAH são mais baixas e mais leves do que seus pares, conclui uma revisão de estudos existentes.
É um dos aspectos mais controversos do tratamento do TDAH ( transtorno de déficit de atenção e hiperatividade ). Drogas estimulantes podem ser um grande benefício para essas crianças. Eles também têm efeitos colaterais. Um desses efeitos é a redução do apetite. Por esse motivo, muitas vezes tem sido sugerido que as crianças que tomam medicamentos para TDAH podem não crescer tão rápido quanto deveriam.
Desde a década de 1960, pesquisadores estudam o assunto. Cerca de metade dos estudos mostram que os medicamentos para TDAH não têm muito, se algum, efeito sobre o crescimento. Outros estudos mostram um efeito significativo.
É difícil comparar esses estudos porque eles analisam diferentes drogas, em crianças de diferentes idades, usando diferentes maneiras de definir altura e peso "normais", diz Omar Khwaja, MD, PhD, pesquisador em neurologia neonatal no Hospital Infantil de Boston.
Nova abordagem aos dados
Khwaja e colegas adotaram um novo rumo. Depois de analisar 845 artigos publicados, eles encontraram 22 estudos com dados que puderam extrair. Uma nova análise dos dados mostrou que as crianças que tomam medicamentos para TDAH são mais baixas e pesam menos do que deveriam.
"Conseguimos esclarecer estudos anteriormente conflitantes, mostrando que os medicamentos para TDAH têm efeitos restritivos significativos na altura e no peso", disse Khwaja ao WebMD. "Foi um pouco mais para o peso do que para a altura, e um pouco mais para as anfetaminas - mas também significativo para drogas do tipo Ritalina . - centímetros [dois quintos a quatro quintos de uma polegada] de restrição de altura."
Khwaja e colegas relataram suas descobertas na reunião anual das Sociedades Acadêmicas Pediátricas, realizada de 29 de abril a 2 de maio em São Francisco.
Efeito de crescimento temporário?
Khwaja e colegas podem ter esclarecido a questão - mas não a resolveram, diz o psiquiatra Jon A. Shaw, MD, diretor de psiquiatria infantil e adolescente da Universidade de Miami.
"Em termos de efeitos a longo prazo na altura, acho que ainda é uma questão em aberto", disse Shaw ao WebMD. "Existem estudos longitudinais de crianças em drogas de TDAH - indo até a idade adulta - onde eles não encontraram um comprometimento significativo da altura atingida. Este estudo não responde à pergunta finalmente."
Shaw observa que há boas evidências de que quando as crianças com TDAH atingem o início da idade adulta - e param de tomar medicamentos estimulantes - elas passam por um crescimento de recuperação.
Khwaja também está ciente dessa evidência. Ela diz que é importante para estudos futuros ver se, em última análise, as crianças que tomam medicamentos para TDAH realmente acabam mais baixas ou mais magras do que outras crianças.
Benefícios dos medicamentos para TDAH
Independentemente do que esses estudos mostram, Donna Palumbo, PhD, rejeita a ideia de que as drogas para o TDAH atrapalham o crescimento das crianças. Palumbo, cujos estudos de TDAH foram financiados por empresas farmacêuticas, bem como pelos Institutos Nacionais de Saúde, é diretor do programa de TDAH no Strong Hospital, da Universidade de Rochester, em Nova York.
“Nos 50 anos desde que essa ideia apareceu pela primeira vez, aprendemos que as crianças não param de comer e crescer quando tratadas para TDAH”, disse Palumbo ao WebMD. "Com os tratamentos mais recentes, vemos que, se houver algum efeito no crescimento, é muito mínimo. E parece que as crianças alcançam a idade adulta.", ao comprar sintetico md
Palumbo alerta os pais para não exagerarem quando souberem dos riscos do tratamento do TDAH . Embora os riscos do tratamento possam ser assustadores, ela observa que os riscos do TDAH não tratado são ainda mais assustadores.
"Os riscos de não tratar o TDAH são bastante significativos em termos de resultados a longo prazo", diz Palumbo. "Tentamos colocar isso em perspectiva. Dizemos que seu filho pode ter uma diferença de alguns centímetros de altura ao longo dos anos de tratamento. Mas o tratamento reduz as taxas de abandono escolar, aumenta o desempenho escolar e previne outros distúrbios psiquiátricos. Muito as pessoas pensam em nenhum tratamento como uma escolha benigna. Mas não é uma escolha benigna."
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